Em tese, deveria servir para esclarecer o eleitor acerca dos candidatos e suas propostas. Também serviria para que todos os postulantes tivessem acesso a esse espaço de divulgação, sem privilégios. Mas na prática, o eleitor que não pode pagar uma televisão por assinatura, é constrangido a assistir tragicomédias rocambolescas, estreladas por canastrões, mitômanos de ofício, que em grande parte, no lugar de propostas e esclarecimentos, invadem o horário nobre com uma pobre farsa, urdida por marqueteiros muito bem pagos para "vender um produto" da mais duvidosa qualidade.
Nos subterrâneos das coligações, conchavos dos mais diversos, garantem privilegiados minutos de propaganda, enquanto os ridículos segundos restantes, são normalmente preenchidos por performances caricatas e exóticas.
Essas e muitas outras distorções, que beneficiam facções partidárias é que justificam o absoluto desinteresse em se fazer uma ampla e efetiva reforma. Enquanto o eleitorado não tomar consciência de que já tarda uma vasta faxina na furna política brasileira, independente de quem sejam os vencedores saídos das urnas, a população e a cidadania continuarão sendo os grandes derrotados.
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